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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Eleições Norte Americanas


       
         COLÉGIO ESTADUAL PROFESSOR EDILSON SOUTO FREIRE - CEPESF





ARTUR FELIPE
BRENDA GRAMOSA
NATÁLIA VITÓRIA FERREIRA
RENATA CATARINA
TIFANY OLIVEIRA








                                                                  Artigo apresentado como requisito parcial
                                                                       para obtenção de aprovação nas disciplinas
                                                                       de História e Geografia, no ano de 2016, do
                                                                       Colégio Estadual Professor Edilson Souto
                                                                         Freire – CEPESF.

                               
Docentes: Yuri Oliveira
Wagner Aragão 
Disciplina: História e Geografia
Turma: 3º ano D – Matutino






SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 5

2. DESENVOLVIMENTO............................................................................. 6,7,8,9

3. CONCLUSÃO.................................................................................................10

4. REFERÊNCIAS.................................................................................................11



 1. Introdução
O cargo do presidente dos Estados Unidos é considerado um dos mais poderosos do mundo, por isso as eleições do país são discutidas ao redor do globo.
Além de liderar a maior economia do mundo com a moeda mais importante, ele é comandante e chefe das maiores forças armadas que existem. O ano de 2016 está abalizado como um dos anos mais conturbados para a decisão não só dos Estados Unidos, mas que reflete em todo o orbe.
Primeiramente devemos entender como funciona o sistema eleitoral americano, o que a candidata Hillary Clinton e o candidato Donald Trump propuseram e de que maneira essa eleição pode influenciar o futuro do mundo.



2. Desenvolvimento

O processo de eleição americano é bem diferente do Brasil.
Nas eleições norte americanas o voto é facultativo, ou seja, no dia das eleições o cidadão decide se irá ou não votar, sem ter qualquer prejuízo ou precisar dar justificativa ao governo. Só que isso influencia nas campanhas dos candidatos.

Mas, dos 50 estados americanos, 43 aprovam o sistema de votação antecipada, onde 6 deles é preciso justificar a necessidade. Porém os analistas afirmaram que esse sistema é falho, pois pode haver violação do voto e a maior probabilidade da compra de votos.

O método do sistema eleitoral foi desenvolvido no século 18 pelos fundadores do país, os quais diziam-se apreensivos com a exeqüibilidade dos cidadãos para elegerem o seu representante eleitoral.
Nos dias de hoje, a disparidade entre o partido Republicano e Democrata tornou as eleições mais acirradas e questionáveis de toda a época do país. No EUA, é preciso que o candidato a presidência convença os eleitores a participar das eleições para ocupar a Casa Branca. Além da residência, o complexo envolve o gabinete do presidente, mais conhecido como salão oval, e os escritórios de administração do setor executivo do país (West Wing).

Mas de que forma ocorre a apuração de votos nas eleições norte americanas?
A eleição é indireta, ou seja, o voto do eleitor na é creditado diretamente ao seu candidato. Os votos dos eleitores de cada estado servem para eleger delegados do colégio eleitoral. Esses delegados representarão os eleitores dessas unidades federativas na escolha final do futuro presidente.
Desde o ano de 1954 o colégio eleitoral é composto por 538 assentos, e pelo menos 270 votos são necessários para declarar o vencedor.

Apesar que na maioria dos casos, a determinação final dos votos de cada estado é absoluta, e não proporcional. Isto é, mesmo que a candidata  Hillary Clinton derrote o candidato Donald Trump na Califórnia com 55% contra 45% dos votos válidos, Hillary Clinton terá todos os delegados do estado, enquanto o Donald Trump ficará sem nenhum representante. Esse sistema ficou conhecido como “ The winner takes it all”, traduzindo, “O vencedor leva tudo”.

Para tornar mais complexo o sistema eleitoral, no federalismo dos Estados Unidos, os estados possuem autonomia interna, por exemplo, há estados que executam a pena de morte, outros não. Então temos dois estados que contam o voto de maneira diferente.

O Maine e o Nebraska. Esses estados dão dois delegados para quem vencer na contagem geral e um delegado para cada vitória distrital. Mas o que são esses distritos?
Na proporção do congresso dos Estados Unidos, cada deputado deve representar um número similar de pessoas.

Quer dizer que os Estados Unidos é dividido em 435 pedaços com o tamanho da população, cada um tem o seu deputado, então, estados com poucos habitantes como Nevada, possuem 2 distritos. Já a Califórnia tem 53 distritos. Cada distrito dá direito à 1 voto no colégio eleitoral. Então, quem tiver mais votos na Califórnia terá 55 votos.

Além dos 435 deputados, os EUA tem 100 senadores, subdividindo-se em 2 por estados e mais 3 votos presidenciais para Washington e o distrito de Columbia, o qual não possui deputado na câmara. Isso resulta em 538 assentos, e explica como o candidato que vença na Califórnia, terá o resultado de 55 votos. 53 deputados e 2 senadores.

Porém, esse voto direto pode causar uma distorção, houveram momentos que o candidato que recebeu mais votos individuais não foi o vencedor da eleição.

Nos anos de 1824, 1876, 1888 e em 2000. Em 2000, o colégio eleitoral também tinha 538 delegados. O candidato democrata Al Gore teve 51.003.926 votos diretos, pela distribuição desses votos ele ganhou 266 delegados. Já o candidato republicano George W. Bush ganhou 271 votos no colégio eleitoral, embora tivesse menos votos diretos, no total de 50.456.987 votos diretos. O voto do colégio eleitoral que sobrou foi para a abstenção de uma delegada de Washington. Essa eleição foi considerada muito polêmica por causa da recontagem na Flórida, obrigatória por lei pela estreita margem de vitória de Bush.

Nessa história eleitoral ainda há casos curiosos e marcos para o país.
Em 2008, Barack Obama foi eleito pela primeira vez no Estados Unidos como o primeiro presidente negro. Esse tema também foi bastante presente na ficção, como crítica social, mudança de personagem, ou por questões de racismo.
No livro de Monteiro Lobato “Presidente Negro” publicado em 1926 se passa em 2228 do conflito racial nos Estados Unidos.

Outro marco histórico foi no ano de 1974, onde tivemos uma única vez em que um presidente dos EUA renunciou. Richard Nixon, foi acusado por diversos crimes por causa do escândalo Watergate, quando homens foram presos invadindo a sede do Partido Democrata e tiveram comprovadas ligações com o presidente e seu partido. Após as acusações e com o alcance do escândalo na mídia, Nixon renunciou para evitar que sofresse Impeachment. Seu sucessor o perdoou pouco tempo depois das acusações.

Como funciona as exigências para se eleger presidente dos Estados Unidos?
O ocupante precisa ter nascido no país, ter no mínimo 35 anos e morar nos EUA há 14 anos.
As eleições se baseiam na primária, convenções e por fim, as votações.
A primária consiste na organização dos partidos, onde  os pré-candidatos rodam o país durante 6 meses em busca de indicações.

Nas convenções, cada partido nomeia um candidato à presidência baseado no número de delegados e em seguida, o presidenciável escolhe o seu  vice.
Nas eleições de 2016 o Partido Republicano elegeu Donald Trump em 19 de Julho, e o Partido Democrata confirmo Hillary Clinton no dia 28 de Julho.

Por fim, as votações. Após uma campanha milionária e três debates na TV, elege-se o presidente.
O que Hillary Clinton e Donald Trump propuseram para o país?
Foram abordados 4 pontos mais críticos dentro dessas eleições.
A questão imigratória, papel dos EUA no contexto mundial, a política mundial e a guerra ao terrorismo e ao Estado Islâmico.

Aproximadamente 11 milhões de imigrantes vivem de forma ilegal nos EUA, vindos de países da América Latina. Mexicanos, hondurenhos e salvadorenhos compõem uma grande porcentagem desse quadro imigratório.
Donald Trump quer parar esse fluxo de imigração ilegal criando um muro na fronteira com o México, dito no seu discurso “vou fazer o México pagar por este muro”, Trump deseja deportar todos os imigrantes ilegais ou pelo menos os criminosos que não têm permissão para residir nos Estados Unidos.

Também descontente com a questão de refugiados sírios, ele é favorável a proibição de entrada de mulçumanos no país, pelo fato de parte deles apresentarem risco e terrorismo.
Hillary Clinton, não muito diferente de Trump, diz ser a favor de uma fiscalização mais severa da imigração ilegal, e se opõe à deportação de imigrantes sem registro, como solução, Hillary propõe a naturalidade como processo de legalização. Contrapondo o plano de Barack Obama, que receberia apenas 10 mil refugiados sírios, já Hillary pretende acolher 65 mil pessoas.

E o papel dos EUA mediante ao mundo dentro de toda essa transformação provindo do resultado das eleições?

De acordo com Trump, ele diz que o estado de Washington irá se envolver muito menos internacionalmente, inclusive na área militar. Questionando também o papel da segurança garantida dada aos aliados da Otan.

Hillary pedirá mais colocação dos membros da Otan sem questionar o apoio da parceria com os países. Ela criticou fortemente Trump por seus planos sobre política externa, alegando que se ele vencer as eleições os EUA se tornará menos seguro e mais perigoso.

Política comercial: O candidato Donald Trump tomou seu posicionamento pretendendo adotar a política protecionista, um conjunto de medidas a serem tomadas no sentido de favorecer as atividades econômicas internas, reduzindo e dificultando ao máximo a importação de produtos e a concorrência estrangeira. Rejeitando a Parceria Transpacífico ( TPP) firmada entre os EUA e 10 países da América Latina e alterar a configuração do Nafta.

Hillary por sua vez havia apoiado o TPP, mas de acordo com as circunstâncias, houve um distanciamento entre o acordo e a candidata, como justificativa, alegou que os objetivos estadunidenses não poderão ser alcançados com o mesmo.

A guerra ao terrorismo se tornou uma questão que deve ser tratada minuciosamente. Ambos candidatos querem combater o terror do Estado Islâmico (EI), para Trump, qualquer meio de combater é válido. Seja perseguição, lutas armadas, tortura entre outros meios, e o mais viável que é o bloqueio da entrada de muçulmanos suspeitos no país.

Hillary pretende criar ações como área de exclusão da população para protegê-los dos ataques sírios. A mesma rejeita forças terrestres e pretende investir em ataques aéreos e a utilização de forças especiais.

No dia 8 de Novembro, aconteceu a eleição norte americana, dando a vitória ao Republicano Donald Trump, que sem nenhuma experiência política pretende fazer modificações significativas dentro do país.

Com uma grande repercussão, ele venceu da candidata democrata Hillary Clinton e está ansioso para assumir seu lugar, acima de tudo alegando a hegemonia e independência dos Estados Unidos.
Após  alguns dias se atualizando sobre o sistema e as responsabilidades do país, Trump está procurando maneiras rápidas de retirar os EUA do acordo global de mudança climática, o qual desafia o amplo apoio mundial ao plano de corte de emissões de gases de efeito estufa. Classificou o aquecimento global como farsa e prometeu romper com o Acordo de Paris, que foi bastante defendido pelo presidente Barack Obama.

Esse acordo é o primeiro pacto mundial no qual os países combaterem a mudança climática, e tem como objetivo manter o aumento da temperatura média mundial, e precisa do apoio tanto dos países desenvolvidos, como os subdesenvolvidos, pois apresentam um grande número de indústrias.
Sendo assim, como outras mudanças relevantes irão afetar toda a configuração dos países seja economicamente ou social e política.

Muitos esperam que o mandato de Trump cumpra com a necessidade tanto dos cidadãos como de outros países, pelo fato dos EUA ser considerada a maior potência mundial.

3. CONCLUSÃO

Em vista dos argumentos apresentados sobre as eleições norte americanas, pode-se dizer que a forma que o sistema eleitoral é organizado influenciou fortemente o resultado das eleições, com a vitória do presidente republicano Donald Trump.

Espera-se que os impactos das mudanças que serão tomadas por Trump não modifiquem o quadro estrutural mundial, apesar que dentro dos EUA, a predominância de xenofobia e outros aspectos será enorme.

Logo, a alta concentração de renda do republicano não explica o resultado eleitoral, mas ajudou a entender o por que do discurso da candidata Hillary do partido democrata de persistência na política econômica atual foi recebido como incredulidade pela classe média e baixa do país.








4. REFERÊNCIAS

WELLE, Deutsche. Disponível em: >https://noticias.terra.com.br/as-propostas-de-trump-e-hillary-para-os-temas-mais-importantes-da-campanha,18065959f02bb89fd602db3278ef0d48seway051.html< . Acesso em: 19 de Novembro de 2016 às 17:42h
GROBE, Stefan. Disponível em : >http://pt.euronews.com/2016/01/29/o-sistema-eleitoral-dos-estados-unidos< Acesso em: 19 de Novembro de 2016 às 20:33h
ARAGÃO, Jorge. Disponível em: > http://www.blogdojorgearagao.com.br/2016/11/09/surpresa-donald-trump-vence-eleicao-nos-eua/< Acesso em: 19 de Novembro de 2016 às 23:56h

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